Homilia de 4ª Feira de Cinzas do Pe. Fernando Cardoso

09 de março de 2011

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A Liturgia deste dia não é lúgubre. Não é fúnebre, nem mesmo quando coloca um pouco de cinza sobre a cabeça de cada um e diz: lembra-te que és pó, e ao pó voltarás. Meus caríssimos irmãos e irmãs, somos pessoas criadas por Deus, em vista de Cristo. Deus, ao criar-nos, pensava em Jesus Cristo; Deus, ao criar-nos, desejava que tivéssemos o mesmo fim de Cristo, isto é, que morrêssemos com Cristo, para com Cristo podermos ressuscitar.

A carne e o sangue - afirma Paulo - não podem entrar no Reino de Deus. Revestimo-nos, presentemente, do homem primeiro; carregamos, presentemente, a figura do Adão terrestre mas, sempre de acordo com Paulo, da mesma maneira como carregamos em nós a imagem ou figura do Adão terrestre, devemos nos transformar na imagem do Adão celeste, isto é, do segundo Adão, do antítipo do primeiro Adão, que é Jesus Cristo glorificado. Sim, recordamo-nos hoje que vamos para a morte, mas para uma morte com Cristo, morrer para este mundo provisório, inacabado, incompleto sob todos os aspectos, a fim de participarmos de Sua páscoa definitiva e vitória triunfante total no Reino dos Céus.

Recordamo-nos que vamos para a morte, mas nos recordamos que vamos para a morte na esperança da ressurreição; nós nos recordamos de um determinado fim que é, ao mesmo tempo, o início do definitivo na glória de Jesus Cristo. Aqueles que conhecem o Seu fim podem preparar-se melhor para, de certa maneira, vivê-lo, e vivê-lo ativamente, por ocasião de sua páscoa pessoal, por ocasião da própria morte e da própria ressurreição. É com este sentimento que nós iniciamos o tempo quaresmal; é desta maneira que queremos nos encaminhar, com Cristo, através de nosso calvário pessoal, à participação em Sua vitória triunfante de páscoa. Não haverá páscoa de ressurreição para aqueles que não se dispuserem a primeiro morrer com Cristo, e morrer ao próprio pecado, enquanto Deus nos concede este tempo de graça e salvação. E, portanto, termino. Que ninguém assuma negligentemente este tempo; que este tempo não seja vivido em vão por nenhum de nós.

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