Congresso teológico: mais uma iniciativa pelo Ano da Fé

Jéssica Marçal
Da Redação CN

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'O Catecismo deveria ser também um livro que o católico tenha consigo em casa e que o consulte', afirma padre Antônio Catelan
Dioceses e paróquias de todo o país estão organizando diversas iniciativas para preparar os fiéis católicos para o Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI para o período de 11 de outubro de 2012 a 24 de novembro de 2013. Como parte dessas iniciativas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) promove daqui a exatamente um mês o Congresso Teológico.

O evento será realizado na PUC-PR, em Curitiba (PR), de 7 a 9 de setembro de 2012. As inscrições começaram em 25 de Junho e terminam no próximo dia 19. O assessor da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé, padre Antônio Luiz Catelan Ferreira, informou que os objetivos principais do evento estão ligados entre si: a comemoração dos 20 anos do Catecismo da Igreja Católica e uma preparação para o Ano da Fé.

Sobre o Catecismo, o padre lembrou que este passou sim por algumas modificações ao longo do tempo, mas nada que alterasse sua mensagem principal. “A edição de 1992, que completa 20 anos, foi feita originalmente em francês. Alguns anos depois, foi feita a edição típica em latim com algumas pequenas alterações para deixar mais precisas algumas afirmações, alguns contextos, mas não houve mudança de conteúdo de modo algum”, disse o padre.

Catecismo: como utilizá-lo?

Sendo um livro importante por conter a doutrina da Igreja Católica, o Catecismo deve ser difundido e estudado pelos cristãos, o que nem sempre aconteceu. “No Brasil, devido ao contexto em que a gente vivia 20 anos atrás, parece que o catecismo, embora editado no país por diversas editoras, não teve grande repercussão ou no mínimo a repercussão merecida pelo Catecismo no âmbito teológico, na formação dos catequistas e assim por diante”.

E tendo em vista a necessidade dos católicos conhecerem o Catecismo, o sacerdote elencou duas medidas a serem adotadas. A primeira delas é pensar sobre a atitude com relação ao Magistério da Igreja que, segundo o padre, expressa a fé cristã.

“O Catecismo é uma publicação do Magistério da Igreja, é a expressão magisterial do conjunto da fé cristã. A gente precisa ter essa atitude adequada e correta em relação o magistério, compreender que seu papel é a exposição, a proposição da fé, e assim podermos recebê-lo com respeito”.

O outro ponto é estudar o Catecismo e utilizá-lo para conhecer com exatidão a fé da Igreja. Padre Antônio acredita que o livro deve sempre estar presente, por exemplo, na formação dos catequistas. “O Catecismo deveria ser também um livro que o católico tenha consigo em casa e que o consulte, depois de ter feito esse estudo e tê-lo conhecido inteiro, toda vez que tiver dúvida sobre algum ponto”.

Programação e Ano da Fé


A estrutura do Congresso está preparada para receber 300 pessoas. De acordo com padre Antônio, um dos palestrantes mais esperados é o arcebispo e secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, Dom Luis F. Ladaria, que foi professor de Teologia por muitos anos.

A programação também inclui conferências sobre o catecismo, o Ano da Fé, perspectivas que o Congresso vai abrir e dimensão pessoal e eclesial da fé cristã. Além disso, o evento organiza quatro grupos temáticos: fontes do catecismo, temas teológicos transversais, temas referentes à catequese e tema da fé, de modo amplo.

E não basta falar sobre o Ano da Fé, mas, a pedido do Papa, os fiéis precisam viver intensamente esse tempo para redescobrirem o valor da fé cristã. Para que isso aconteça, padre Antônio deu duas orientações.

“Primeiramente, penso que devem (os fiéis) estar atentos às iniciativas que vão ser realizadas pelas paróquias e dioceses às quais pertencem. Há todo um incentivo por parte do Papa, e também da CNBB, para que as dioceses insiram realmente no planejamento, e as paróquias também, atividades relativas ao Ano da Fé, que possam participar e aproveitar. Os fiéis também devem estar atentos aos meios de comunicação, porque às vezes a paróquia não consegue oferecer tudo aquilo o que uma rede de comunicação católica consegue”, finalizou.

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