O Pão Nosso de Cada Dia - Pe. Fernando Cardoso


23 de agosto de 2012
Hoje, na América latina e, portanto, no Brasil também, nós celebramos a festa de santa Rosa de Lima. Ela é nossa padroeira; nasceu, viveu e morreu em Lima, no Peru no final do século XVI e início do século XVII. Sua vida neste mundo não foi além dos 32 anos de idade; madura, ela partiu então para a eternidade. Foi terceira dominicana, uma mulher de altíssima vida penitente e de altíssima contemplação. É uma dessas santas que nós mais admiramos, que imitamos tais foram as penitências a que santa Rosa se submeteu. Claro que tudo isto é perfeitamente compreensível através do cristianismo do século XVI e XVII que ela, no Peru, então colônia espanhola, vice-reino da Espanha, recebeu.
O texto evangélico de sua festa, no entanto, é muito profundo e nos diz respeito: o reino dos céus é semelhante a alguém que, repentinamente sem buscar, sem se dar pela conta, sem procurar, encontrou com um grandíssimo tesouro escondido dentro da terra. Vendeu tudo o que possuía, redimensionou toda sua vida - o texto não nos diz, mas podemos imaginar que terá recebido críticas de muitos. “Pessoa irresponsável! Como fará para viver então se vende todas as suas propriedades?” Mas ele era certeiro! Aquela pessoa sabia perfeitamente o que é que procurava e quanto precisava para comprar aquele terreno com o tesouro dentro, que ninguém imaginava que lá existisse.
Santa Rosa é uma pessoa que, a seu modo, descobriu este tesouro, descobriu esta pérola preciosa, redimensionou toda sua vida, vendeu os seus bens, deve ter sido taxada de desequilibrada por alguns, certamente sua família sonhava para com ela um belo casamento e uma bela família; nada disto apaixonou Rosa de Lima, viveu apaixonada por Jesus Cristo. Aqui nós podemos imitá-la sim, pois todos aqueles e aquelas que, após uma vida cristã de certo calibre, se sentem apaixonados por Jesus e, sobretudo, aqueles que por causa de Jesus são capazes de algum sacrifício, estes sabem, por experiência própria, o que viveu santa Rosa de Lima, o que ela deixou para trás e o que procurou e recebeu pela frente. Muito antes dela, Paulo tinha feito a mesma experiência. O que era para mim de grande valia, agora é esterco diante do conhecimento supereminente que tem de meu Senhor Jesus Cristo. E cada um de nós, com a Graça de Deus, pode fazer, um dia na vida, a mesma experiência. 

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